sexta-feira, 24 de julho de 2009

O Brasil tem investido em saúde bucal






Em toda história da odontologia do país jamais se viu tantos investimentos e tanta vontade de mudar o panorama caótico da saúde bucal dos brasileiros que dependem do setor público. Não digo que isto é o ideal, mas diria ser já um enorme passo político à contemplação das necessidades odontológicas da população.

Por que digo não ser ainda o ideal? Por aquilo que nós, profissionais da saúde bucal, buscamos é ausência de doenças ou, no mínimo, uma redução dos percentuais de procedimentos curativos no povo. Avançaria o raciocínio, obviamente, não só a nós, mas também a todas demais profissões que labutam na saúde dos indivíduos. Buscamos, juntos, a saúde do indivíduo e, infelizmente, quando pensamos saúde no Brasil associamos isso à cura das doenças. Estas existem, em muitos casos, por que em algum momento faltou prevenção ou ela foi mal concebida, não bem empregada, não bem praticada. Buscar a verdadeira saúde é função nossa e deve ser também o objetivo de cada um dos milhões de brasileiros. Ela vai desde moradia com a estrutura de saneamento básica ou mínima, educação, alimentação, expectativa de vida, emprego, renda, dentre outros e a saúde pública. Esta última é parte apenas da verdadeira saúde que milhões de nacionais não tem, mas creem ter por conseguirem a cura de seus males do corpo apenas.

Como relatei nunca se viu tantos investimentos federais na saúde pública odontológica como nos últimos anos. Isto é importantíssimo no contexto do Brasil. Como são milhões a dependerem do setor governamental com tratamento já das doenças, temos, então, que investir na demanda reprimida existente. Assim, temos um grande crescimento, na verdade enorme, no tocante à implantação das equipes odontológicas inseridas no contexto dos Programas de Saúde da Família – PSF´s. Percebemos avanços também nos chamados Centros de Especialidades Odontológicas – CEO´s.
Qual a relação entre eles? Os CEO´s, uma vez implantados nos municípios, servem de referência aos encaminhamentos oriundos dos PSF´s por terem apenas especialidades odontológicas como Protesistas, Periodontistas, Endodontistas, Atendimento a Pacientes com Necessidades Especiais e Cirurgiões. Assim, o profissional clínico no PSF encaminha à especialidade quando necessário for.

No Brasil dos 5565 municípios, 4614 já aderiram à proposta do Governo Federal em incluir Equipes de Saúde Bucal – Vide gráfico acima - democratizando o acesso dos profissionais cirurgiões-dentistas, técnicos e auxiliares em saúde bucal à população e, consequentemente, reduzindo por tratarem as doenças bucais. Não como ainda deva ocorrer – como foi narrado - mas já, com certeza, é um grande, um gigantesco passo para um país que não reconhecia a odontologia como importante à saúde geral do indivíduo.

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