sexta-feira, 24 de julho de 2009

Levando o filho ao consultório odontológico


A criança com seis aninhos chorando entra no consultório junto à mãe. Tem algo que a mamãe pode fazer para aliviar esse temor?
O profissional deita a criança na cadeira e pergunta o nome. A mãe responde.
O Cirurgião-dentista pergunta a idade ao filho. A mãe também responde.
Segue a pergunta de o que está a incomodar e a mãe novamente responde.
O que o profissional desejava era aproximação do menor através do diálogo. Conseguir a atenção e confiança para somente após examinar e, se possível, executar algum procedimento, exceto em urgências.
A situação ainda é piorada quando a mãe ainda diz ao filho: -“Filho, o doutor só vai olhar”. Pronto. Está dificultado ainda mais o entendimento da criança.
Tudo o que é dito ao filho é tido por ele como uma verdade incontestável e aí há que se tomar cuidado para não informar erroneamente.
Ao informar que só irá olhar, a criança pensa de o porquê de o profissional estar enfiando esse ou aquele instrumento pontiagudo ou arredondado na minha boca? E o pior que pode acontecer: Por que esta agulhada?
A criança a partir dessa idade já tem grande entendimento e já pode ser informada daquilo que irá ocorrer dentro do consultório sem mentiras ou omissões.
Na grande maioria das vezes uma criança que em uma primeira consulta mostra-se resistente devido a informações incorretas sobre o atendimento apresenta-se posteriormente colaborativa uma vez instruída pela mãe.
É um grande erro mentir ou omitir informações da criança quanto ao trabalho do Cirurgião-dentista. Pode até permitir a chegada do filho ao consultório, mas quase sempre dificulta ou impede o atendimento.
Certo é orientar sobre a necessidade do atendimento, o que ocorrerá do início ao fim da sessão podendo ser perguntado ao profissional para posterior informação ao filho e, principalmente, as vantagens de permitir o atendimento e de se ter uma boa dentição.
A criança ter medo é um ato comum de qualquer ser humano em vistas ao desconhecido, principalmente numa área tão nobre como é a cavidade bucal relacionada diretamente à alimentação como suporte fundamental à manutenção da vida e social por permitir a comunicação e o convívio com os semelhantes. Cabe à mãe diminuir esse temor com o correto diálogo tendo que tudo o que ela disser é verdade.

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